January 8, 2010

Underneath



Fico pensando em quantos "planos de fundo" tem a vida e imaginando quantos raros dentre esses bilhões ela irá me revelar. E, logo eu que pensava que férias eram entediantes, chatas, sem ter nada pra fazer ou acontecer. Estou tendo mais coisa pra fazer, pensar ou simplesmente refletir do que quando estava trancada em um mundo de tarefas, provas e notas baixas.
Não me conformo em ter que anestesiar todas as minhas amarguras nas madrugadas das noites mal dormidas. Não me conformo ter que arranjar como desculpa o papel e o lápis, sempre que as crises - minhas e dos meus próximos - resolvem se manifestar. Não me conformo também em ter que lastimar estas tediosas palavras escritas no silêncio de um frio banheiro, silêncio este sempre atormentado pelo choro soluçado da minha estimada irmã que se encontra deitada na cama do quarto.
Queria poder, ao menos, dizer que tenho uma razão para escrever ou, pelo menos, dizer que sei escrever bem, ou tão bem quanto gostaria. Queria também falar das coisas boas, dos alegres momentos vividos, porém no clímax da tristeza isso é de uma impossibilidade enorme (até porque nem sei bem como a minha pessoa ficou tão envolvida nisso).
Mas, depois de tantas desconfortos e tantas conjugações do verbo querer no futuro do pretérito apenas me gratifica saber que escrever, mesmo que de péssima maneira, é a única forma de me fazer sentir melhor diante de todo o pesadelo em que vivo. E lamento por estar fazendo tanto drama e tempestade em um mísero copo que desta vez está sem água.

- Peço perdão pelo tempo em que passei sem postar, mas fico feliz em recomeçar agora neste ano novo.
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